SITUAÇÃO NO PERU DEIXA PAISES VIZINHOS EM ALERTA ENTRE ELES O BRASIL

A

es, o Brasil, como a maior potência econômica e militar da região.

A crise peruana é só o capítulo mais recente de uma história marcada há décadas pela herança política do ex-presidente Alberto Fujimori, que governou o país durante toda a década de 1990.

E foi Fujimori, em 1992, o último presidente a fechar o Congresso peruano, no que foi definido na época como um autogolpe, que permitiu a ele permanecer no poder até o ano 2000, quando, acusado de corrupção, fugiu do país.

Analistas ouvidos pelo Jornal Nacional dizem que as intenções do presidente Vizcarra agora, assim como as condições em que ele determinou o fechamento do Congresso são muito diferentes. Ele teria amparo na Constituição peruana e nem seria beneficiado diretamente pela nova eleição que convocou para janeiro do ano que vem.

Além disso, a intenção dele de evitar o domínio do Judiciário do país por uma maioria fujimorista do Congresso tem o apoio da maioria da população.

“Alberto Fujimori dissolveu o Congresso num sistema político regido por leis diferentes. Ele queria governar como um ditador – coisa que ele fez -, então ele dissolveu o Congresso para violar a democracia. O que Martín Vizcarra está fazendo é um ato dentro das leis democráticas com a intenção de continuar o combate à corrupção no Peru”, diz o sociólogo Demétrio Magnoli.

“Quando a gente olha a Constituição peruana, ele não pode nem sequer se candidatar novamente. Então, serão outras pessoas. O que ele propõe é renovação completa da política peruana. Ele tem se destacado como a pessoa, o líder na luta contra a corrupção. Mas, sobretudo especialistas constitucionais, dizem que cria um precedente perigoso, que no futuro poderia ser utilizado por outros, talvez não com as melhores intenções”, afirma Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV.

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