‘Prévia’ do PIB medida pelo Banco Central registra alta de 0,44% em setembro
No 3º trimestre, economia registrou crescimento de 0,91%, segundo o IBC-Br.O nível de atividade da economia brasileira registrou alta de 0,44% em setembro, na comparação com agosto, indicou nesta quinta-feira (14) o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br). O indicador medido pelo Banco Central é considerado uma “prévia” do PIB.Com o resultado, a economia brasileira terminou o 3º trimestre com um crescimento de 0,91% frente aos 3 meses anteriores – maior alta trimestral desde o terceiro trimestre de 2018 (1,67%), segundo a agência Reuters.Na comparação com setembro de 2018, o IBC-Br subiu 2,11%, enquanto no acumulado em 12 meses o índice teve alta de 0,99%.A expansão do mês ficou acima do esperado pelo mercado. A mediana das projeções colhidas pelo Valor Data era de uma alta de 0,39%.
O resultado de setembro representa uma aceleração frente a alta de 0,22% registrada em agosto. Em julho, o indicador apontou estagnação (variação zero).
O índice foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de dezembro. No 1º trimestre, houve queda de 0,1% e, no 2º trimestre, alta de 0,4%.
Perspectivas
Os indicadores econômicos já divulgados mostram uma relativa melhora da economia no 3º trimestre, após uma perda do ritmo de recuperação no início do ano, apesar do desemprego ainda alto.
Nesta semana, o IBGE divulgou que as vendas no varejo registraram a 5ª alta consecutiva em setembro, no melhor resultado para o mês em dez anos. O setor de serviços teve no mesmo mês o melhor desempenho para o mês desde 2014, zerando as perdas no ano. Já a produção industrial registrou a segunda alta mensal seguida.
Os economistas das instituições financeiras projetam para 2019 uma alta de 0,92% para o PIB do Brasil, após um avanço de 1,3% em 2017 e 1,1% em 2018. A previsão do governo é de um crescimento de 0,9%.
Para 2020, a estimativa do mercado subiu para 2,08%, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central.