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INSS: com falhas e sistema travado, pedidos de benefícios se acumulam e fila de espera chega a meses
INSS: com falhas e sistema travado, pedidos de benefícios se acumulam e fila de espera chega a meses
Problemas relatados por beneficiários passam por dificuldades em obter benefícios como o salário-maternidade até conseguir avançar com os pedidos de aposentadorias. Governo não tem prazo para zerar fila de pedidos.O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não tem conseguido dar conta dos pedidos de benefícios, causando transtorno para os segurados. Pelo Brasil, se espalham casos de trabalhadores que esperam há meses pela análise de seus requerimentos e são obrigados a enfrentar filas de espera e peregrinar pelas agências em busca de uma solução.Medidas anunciadas em agosto do ano passado com o objetivo de zerar o estoque de pedidos como a otimização da força de trabalho e digitalização do atendimento parecem não ter surtido efeito. E, dois meses após a aprovação da reforma da Previdência, os sistemas ainda não foram adaptados às novas regras, o que está travando principalmente os pedidos de aposentadoria. Além disso, segurados relatam problemas também para obter benefícios como salário-maternidade e auxílio-doença.O governo reconhece que existe o problema e que a solução deve demorar. Mas não há um prazo oficial para zerar a fila de análise de pedidos.O prazo para que o INSS analise os pedidos de benefícios é de 45 dias. Mas, de acordo com o próprio órgão, o estoque de pedidos de benefícios era 1,990 milhão no ano passado, mas 1,3 milhão não foram concluídos até agora, ou seja, cerca de 65% dos requerimentos estão travados à espera de resposta do órgão.No Rio de Janeiro, com a filha no colo, a designer Rachel Gepp esperou algumas horas na fila do INSS de Copacabana nesta quinta-feira 99) para tentar uma resposta sobre o auxílio-maternidade que tenta obter há três meses. Durante a espera, teve que amamentar, trocar a bebê e aguardar sem direito a uma fila prioritária. “Eu deveria estar em casa cuidando da minha filha e não enfrentando este tipo de burocracia, sabe?”, disse.Em busca do auxílio-doença, a atendente Sabrina Ferreira Santos peregrinou entre duas agências até ser atendida no Rio de Janeiro. Em uma delas, só havia um atendente e foi informada que o sistema caiu. Na outra, havia dois funcionários.