O Palácio do Planalto anunciou na tarde desta terça-feira (14) que o salário mínimo nacional irá aumentar de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir de fevereiro de 2020. O governo havia sido criticado pelo valor anunciado anteriormente por ser menor que a inflação. Esse é o segundo reajuste no ano, que teve um aumento total de R$ 47 em relação a 2019. O presidente Jair Bolsonaro já havia comentado que o governo deveria autorizar um novo reajuste para repor a inflação de 2019. O cálculo que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039 considerou uma inflação mais baixa do que a registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Pela alta do preço da carne, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2019 com alta de 4,48% e, por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%.Bolsonaro se reuniu com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir esses valores e deve encaminhar a proposta ao Congresso, que ainda não votou a Medida Provisória do primeiro reajuste.
Cofres públicos
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que o impacto do reajuste no Orçamento da União para 2020 será de R$ 2,13 bilhões. Ele explicou que cada R$ 1 a mais no salário mínimo leva ao aumento de despesa da União em R$ 355 milhões para 2020, por causa da indexação que gera em pagamentos e benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, benefício de prestação continuada e Previdência.