Dívida pública sobe 0,3% em maio, para R$ 3,89 trilhões

Segundo o Tesouro Nacional, resultado refletiu despesas com juros, pois houve resgate líquido de papeis (retirada de títulos do mercado) em maio.A dívida pública federal em títulos, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, registrou aumento de 0,31% em maio, para R$ 3,890 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26). Em abril, a dívida somava R$ 3,878 trilhões.

O aumento da dívida em maio está relacionado com as despesas com juros, que somaram R$ 28,47 bilhões no período. Essa alta foi parcialmente compensada pelo resgate líquido (retirada de títulos do mercado acima do valor das emissões) de R$ 16,31 bilhões em maio.

A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficorçamentário do governo federal, ou seja, pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 8,9%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de uma nova alta em 2019, podendo chegar a quase R$ 4,3 trilhões no fim do ano.

Dívidas interna e externa

Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.

  • Dívida interna: foi registrada alta de 0,32% em maio, para R$ 3,735 trilhões.
  • Dívida externa: resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou um aumento de 0,16% no em maio, para R$ 155,54 bilhões.

Compradores

Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou aumento em maio.

No mês passado, os não residentes detinham 12,74% da dívida total, o equivalente a R$ 476 bilhões, contra 12,50% do total da dívida interna em abril (R$ 465 bilhões).

Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:

  1. fundos de investimento (R$ 992 bilhões, ou 26,58% do total);
  2. fundos de previdência (R$ 927 bilhões ou 24,83% do total);
  3. instituições financeiras (22% do total, ou R$ 821 bilhões).

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