CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 30/05/2022

NOSSA VISÃO – 30/05/2022

RETROSPECTIVA

Tivemos uma semana positiva para a bolsa de valores e para o câmbio.

O Ibovespa teve alta de 3,18% na semana, aos 111.942 pontos. Já o dólar caiu 2,7% frente ao real.

Em maio, o IPCA – 15 variou 0,9%, estando acima das expectativas do mercado. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 12,2%. Entretanto, abaixo da taxa registrada em abril gerando expectativas quanto a estabilização da inflação.

O governo reduziu em 10% as alíquotas de impostos de importação do arroz, feijão, carne e materiais de construção.

A Câmara aprovou o projeto que classifica como bens essenciais a gasolina, gás natural, energia elétrica, comunicação e transportes coletivos. Com isso, passam a ter alíquota máxima de 17% a 18%, de acordo com a região.

Em abril, a arrecadação federal foi de R$195,08 bilhões, uma alta real de 10,94% em relação com o mesmo período do ano passado.

O Federal Reserve sinalizou que poderá fazer uma pausa na elevação dos juros após aumenta-lo 0,5% em cada uma de suas próximas duas reuniões. Já o Banco Central Europeu deverá iniciar seu ciclo de aperto em julho.

A Wall Street encerrou sua primeira semana em alta em dois meses. O Dow Jones subiu 1,77%, o Nasdaq 3,33% e o S&P 500, 2,47%.

Os preços do petróleo voltaram a subir, o preço do barril do Brent para entrega em julho subiu 1,72%, a US$ 119,43, seu nível mais alto desde o começo de março.

A China sinalizou a injeção de estímulos ficais, entre elas está o corte de impostos.

Relatório FOCUS

A greve de alguns colaboradores do Banco Central afetou a divulgação do Boletim Focus da semana. Os trabalhadores querem reajustes de 5% no salário para todo o funcionalismo federal a partir de julho.

PERSPECTIVAS

O governo federal deverá publicar no Diário Oficial da União os cortes orçamentários que irão viabilizar o anúncio de um reajuste linear de 5% para os servidores públicos.

A Cúpula de Líderes da União Europeia fará uma reunião que poderá suavizar sexto pacote de sanções contra a Rússia.

A União Europeia divulgará o IPC anual. Já a Alemanha divulgará a variação no desemprego e o PMI Industrial de maio.

A China divulgará o PMI industrial de maio, o qual possui projeção de 48,0.

Quanto a nossa recomendação, permanece a sugestão de cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.

Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.

Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).

Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade.

Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.

Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.

Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

INVESTIDOR COMUM – SEM PRÓ GESTÃO

* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

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