RETROSPECTIVA
O Ibovespa iniciou a última semana do ano de 2021 com alta, porém a encerrou com queda de -0,1% e 104 mil pontos. Durante o mês de dezembro o índice registrou alta de 2,9% mas acumulou desvalorização de 11,9% durante o ano pela primeira vez desde 2015.
O IGP-M apresentou a segunda maior elevação desde de sua criação e subiu 0,87% no mês, estando acima da expectativa do mercado. No acumulado de 2021, o índice acumulou alta de 17,74%.
O presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória que fixa o valor do salário mínimo com acréscimo de R$112,00 em relação ao valor atual. Sendo assim, o salário mínimo passará a ser de R$ 1.212,00 em 2022 se aprovado pelo Congresso Nacional.
Já o dólar encerrou a semana com queda de 1.89% em relação ao real, com câmbio de R$5,54.
Após dois anos do início do Coronavírus, um novo recorde diário de novos casos foi registrado e aferiu 1,45 milhão de novas pessoas contaminadas em um único dia.
A crescente quantidade de infectados pela variante Ômicron continuou trazendo incertezas para os mercados globais.
O S&P 500 e Dow Jones cumpriram o tradicional “Santa Claus rally”, apresentando altas nos últimos dias do ano, porém encerraram a quinta-feira com leve queda. Os índices encerraram a semana com 4.766,18 pontos e 36.338,30 pontos respectivamente.
RELATÓRIO FOCUS
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção diminuiu, de 10,02% para 10,01% em 2021. Para 2022, a previsão para o IPCA manteve o mesmo, de 5,03%. Para 2023, as estimativas subiram de 3,38% para 3,41%. Para 2024, as projeções ficaram em 3,00%.
A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 4,51% para 4,50% em 2021. Para 2022, a estimativa caiu de 0,42% para 0,36%. Para 2023 a projeção se manteve em 1,80% e para 2024, a projeção se manteve em 2,00%.
Para a taxa de câmbio, o último valor apresentado em 2021 foi de R$5,63. Para 2022, o valor se manteve em R$5,60. Para 2023, a projeção também se manteve o mesmo de R$5,40. Para o ano de 2023, a projeção foi a mesma de R$ 5,30.
Para a taxa Selic, o ano de 2021 fechou em 9,25% Em 2022, a projeção se manteve em 11,50%. No ano seguinte, a projeção manteve a mesma para 8,00% e em 2024, também se manteve em 7,00%.
PERSPECTIVA
Para essa semana o mercado ficará atento quanto ao resultado da Produção Industrial de novembro, da balança comercial, além também da divulgação do IGP-DI de dezembro que a projeção do mercado conta com um aumento de 1,16%.
Já nos Estados Unidos a atenção será voltada para os dados de desemprego de dezembro, além da prévia da inflação.
Quanto as expectativas com relação ao Brasil, passa por um processo de imunização mais eficiente. Teremos que acompanhar as decisões do Bancos Centrais em relação a política monetária, que indica seguir com medidas contracionistas, tendo em vista o plano de vacinação em prática, a aceleração da inflação e os estímulos que seguem sendo despejados na economia.
Os dados indicam uma pressão persistente nos preços ao consumidor amplo e isto pode levar o Banco Central a intensificar as discussões sobre o ritmo das reformas.
Podendo se esperar mais mudanças na taxa de juros no futuro próximo, como já é adiantado no relatório semanal do Banco central.
A partir disso, teremos que avaliar o andamento de reformas e em qual intensidade será elaborada.
A preocupação com o quadro fiscal, o grave endividamento e teto de gastos, segue sendo o principal foco, devido as recentes manobras do governo para amplia-lo.
Caso o desajuste fiscal aconteça, além de gerar desconfiança dos investidores estrangeiros, geraria um aumento inesperado e brusco na taxa de juros, por esse motivo, e do risco Brasil, fato que seria prejudicial para a o momento atual da economia.
Situação que o Brasil vem tentando evitar ao longo dos últimos anos, reconquistar os investidores estrangeiros, a partir de um quadro fiscal mais bem elaborado, uma agenda de reformas estruturais, que ocasionalmente levaria o Brasil a um controle maior sobre as receitas e gastos governamentais.
Apesar de todas as oscilações de mercado, as expectativas seguem sendo o plano de vacinação contra a Covid-19 e toda a pauta de reforma que segue sem definição pelo governo.
O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter sem ainda a desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.
Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, com a estratégia de alocação em 5%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 5%, recomendamos a não movimentação no segmento. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.