BOVESPA FECHA EM ALTA NESTA SEXTA FEIRA.
principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta sexta-feira (20), na quarta semana de valorização seguida. O pregão foi novamente marcado por volatilidade, com papéis de bancos e da JBS sustentando a alta, enquanto novos desdobramentos na guerra comercial entre EUA e China prejudicaram o viés positivo.
O Ibovespa terminou o pregão em alta de 0,46%, a 104.817 pontos. Veja mais cotações. Na semana, o índice teve a quarta alta consecutiva, de 1,27%.
No dia anterior, a bolsa fechou em baixa de 0,18%, a 104.339 pontos.
Destaques
Braskem saltou 5,3%, maior alta dentro do índice, após notícia de que a Odebrecht está contratando a consultoria Lazard para retomar o processo de venda de sua participação na petroquímica.
As ações da JBS subiram 4,25%, tendo de pano de fundo o cenário ainda positivo para a demanda externa, particularmente da China, diante dos problemas envolvendo o surto de peste suína africana. Estrategistas do Itaú BBA incluíram os papéis da empresa em seu TOP 5, enquanto analistas do Morgan Stanley reiteraram recomendação ‘overweight’ (viés positivo).
Os papéis do Banco do Brasil tiveram valorização de 1,6%, após forte perda na véspera, em dia de melhora para os bancos do Ibovespa, com as ações preferenciais do Bradesco fechando em alta de 1,8% e as do Itaú Unibanco encerrando a sessão com avanço de 0,3%.
O bom humor nos mercados internacionais no início desta sexta-feira, diante de sinais de progresso nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, foi anulado quando a delegação asiática encurtou sua viagem a solo norte-americano, cancelando visita a áreas agrícolas do Estado de Montana, destaca a Reuters.
Em Wall Street, o S&P 500 não segurou a alta e fechou em queda de 0,5%, em sessão também marcada pelo chamado “vencimento quádruplo” – quando expiram simultaneamente índices futuros, opções sobre índices, opções sobre ações e contratos futuros de ações.
O descolamento do Ibovespa ocorre principalmente com o mercado doméstico ainda absorvendo o impacto positivo da reunião do Copom na última quarta-feira, disse à Reuters Bruno Madruga, responsável pela área de renda variável da Monte Bravo Investimentos.
Na ocasião, o Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 5,5%, e deixou a porta aberta para novas reduções.
Ainda no cenário nacional, o governo anunciou um desbloqueio adicional de bilhões de reais nas despesas orçamentárias, conforme relatório bimestral de receitas e despesas divulgado pelo Ministério da Economia.
No exterior, a China foi o mais recente país a reduzir as taxas de juros, aumentando a esperança de que os principais bancos centrais do mundo estejam dispostos a diminuir o impacto da prolongada guerra comercial entre os EUA e a China sobre o crescimento global.
