NOSSA VISÃO – 01/08/2022
RETROSPECTIVA
A última semana de julho foi positiva para a bolsa de valores e para o câmbio.
O Ibovespa encerrou a semana com alta acumulada de 4,29%. Já no mês, o índice apresenta alta acumulada de 4,69%, entretanto no ano, queda de 1,58%.
O dólar encerrou a semana com queda de 5,9%. Como resultado, a moeda norte americana fechou julho com queda de 1,16%.
O preço do barril de petróleo caiu, e com isso, a Petrobrás anunciou que irá reduzir o preço da gasolina.
O IPCA-15 subiu 0,13% em julho, registrando desaceleração em relação a junho, resultado da queda no preço da gasolina e da energia elétrica.
A taxa de desemprego brasileira recuou para 9,3% no trimestre encerrado em junho, sendo o menor patamar para um segundo trimestre desde 2015.
O Ministério da Economia anunciou que teve que cortar mais R$ 2,1 bilhões para cobrir despesas discricionárias, entre elas está o seguro rural e o INSS.
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da FGV subiu 0,2 ponto em julho, para 120,8 pontos, resultado da pressão inflacionária e da política de aperto monetário global.
O Federal Reserve elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual. Como resultado, o intervalo passou a ser de 2,25% a 2,5% ao ano.
Consequentemente, o mercado está mais atento à possibilidade de uma recessão americana, após dados recentes indicarem uma possível contração da economia do país.
Entretanto, a elevação de juros americana pode ser positiva para o Brasil, já que o preço das commodities serão menos impactos pelas alterações dos preços.
O PIB dos Estados Unidos recuou 0,9% no segundo trimestre do ano, sendo esse, o segundo trimestre seguido de baixa, pressionado pela alta da inflação no país, pelo aumento das taxas de juros e pela pressão sobre as cadeias de suprimento.
Já na Zona do Euro, o PIB cresceu 0,7% no segundo trimestre, estando acima do esperado.
O índice de desemprego na Alemanha subiu em julho pelo segundo mês seguido. Já crescimento da economia do país permaneceu estável no segundo trimestre, ocasionado pela aceleração da inflação derivada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a interrupção no fornecimento de gás russo para a Europa reduziria o valor do PIB alemão em 1,5% em 2022, em consequência do alto risco energético que o país vem enfrentando.
RELATÓRIO FOCUS
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção diminuiu de 7,30% para 7,15% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA aumentou de 5,30 % para 5,33%. Para 2024, as estimativas permanecem na casa dos de 3,30%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%.
A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) aumentou de 1,93% para 1,97% em 2022 e para 2023, caiu de 0,49% para 0,40%. Para 2024 a projeção permanece na casa dos 1,70%, e para 2025, ficou na casa dos 2,00%.
Para a taxa de câmbio em 2022, o valor estagnou em R$5,20. Para 2023, a projeção se manteve R$ 5,20. Para o ano de 2024, a projeção permaneceu em R$5,10, assim como em 2025 a projeção ficou em R$5,15.
Para a taxa Selic, a projeção para 2022 permaneceu em 13,75% em 2022. Para 2023 aumentou de 10,75% para 11%, ficando em 8,00% para 2024. Fechando as projeções da semana, a projeção para a taxa Selic manteve-se em 7,50% para o ano de 2025.
PERSPECTIVAS
Com o resultado do IPCA-15, a expectativa é de que o pico de inflação brasileira já tenha passado. Dessa maneira, há a indicação de que realmente não haverá grandes altas da taxa Selic para os próximos períodos.
Com isso, as expectativas de crescimento da economia brasileira continuam subindo. Entretanto, no cenário global, as perspectivas de uma possível recessão continuam crescendo.
Para essa semana, teremos decisões da taxa de juros no Brasil, Reino Unido, Índia e Austrália.
Durante a semana serão divulgados índices de gerentes compras (PMIs) dos países desenvolvidos.
Quanto a nossa recomendação, sugerimos cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.
Porém, os títulos públicos principalmente na parte curta, além de fundos de vértice, muitos RPPS aderiram por conta da recessão e havendo oportunidades a quem quiser ingressar.
Mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+) 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 25% em fundos Gestão Duration.
No desempenho de renda fixa, médio prazo além dos índices pôs fixados (IDKA IPCA 2A e IMA-B 5) recomendamos também a entrada gradativa em fundos atrelados ao IRF-M, chegando ao patamar de 5%.
Quanto a exposição em curto prazo, recomendamos fundos atrelados ao CDI e também ao IRF-M1 na totalidade de 15%.
Com o COPOM sinalizando que deve continuar com ciclo de alta em menor proporção e posteriormente uma manutenção se a inflação continuar resistente mediante a política de juros, pode se entender que o mercado está precificando que os índices em médio prazo irão cair, passando parte da nossa estratégia para pré-fixados.
Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos a exposição de 10% em fundos que não utilizam hedge cambial.
Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.
Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da dec