NOSSA VISÃO – 21/03/2022
RETROSPECTIVA
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (18) em alta de 1,98%, aos 115.310 pontos. Na semana, a alta acumulada foi de 3,22%. O principal índice do brasileiro acompanhou, em parte, a performance dos seus pares internacionais – nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em altas. O Banco Central informou que na última semana seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um indicador prévio de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,99% em janeiro na comparação com dezembro. Mas, a estimativa é de alta no Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% este ano, contra 2,1% na projeção feita em novembro do ano passado. Para 2023, a projeção foi mantida em 2,5%.Para a inflação medida pelo IPCA, a estimativa da equipe econômica subiu para 6,55% em 2022, de 4,7% antes, e foi mantida em 3,25% para 2023.
O Federal Reserve anunciou o tão esperado aumento de taxa de juros, o primeiro desde 2018, em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 0,25% e 0,5%, conforme comunicado após conclusão da reunião do Fomc (Federal Open Market Commitee) da última semana. A decisão era esperada há algum tempo e já elevou o custo das hipotecas residenciais e outros tipos de crédito em antecipação à atuação do Fed para conter a alta dos preços, que já está no ritmo mais forte em 40 anos.
Na última semana, houve a negociação entre Rússia e Ucrânia, que foram travadas as negociações de paz mais uma vez, mas Moscou se manteve interessado em continuar conversas. Os preços do petróleo registraram na semana passada uma segunda queda semanal consecutiva, tanto Brent como WTI terminando a semana em baixa de cerca de 4%. Reunião do Copom da última semana, elevou a Selic em 1%, com a taxa alcançando 11,75%. Na “Super Quarta – feira” da semana passada, também houve aumento de 0,25 ponto percentual no juro americano, elevando a taxa de juros para o patamar de 0,25% a 0,50%, e há expectativa que juro americano deva superar 3% este ano.
RELATÓRIO FOCUS
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção aumentou de 6,45% para 6,59% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA de 3,70% para 3,75%. Para 2024, as estimativas se mantiveram em 3,15%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%. A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 0,30% para 0,50% em 2022. Para 2023, a estimativa de 1,43% para 1,30%. Para 2024 a projeção se mantiveram em 2,00%, e para 2025, a projeção também se mantiveram em 2,00%.
Para a taxa de câmbio em 2022, o valor se manteve em R$5,30. Para 2023, a projeção de R$ 5,21 para R$ 5,22. Para o ano de 2024, a projeção se manteve em R$ 5,20, e para 2025 a projeção se mantiveram em R$ 5,20. Para a taxa Selic em 2022, a projeção de 12,75% para 13,00%. No ano seguinte, a projeção de 8,75% para 9,00%. Em 2024 a projeção se manteve em 7,50% e para 2025, as projeções se mantiveram em 7,00%.
PERSPECTIVAS
Calendário Econômico desta semana será bastante movimentado com a Ata do Copom na Terça Feira, e a divulgação do estoque do petróleo bruto mantidos por empresas dos EUA. A guerra na Ucrânia permanecerá em foco, com os mercados continuando a acompanhar as manchetes. Os mercados de petróleo estão mais calmos, mas as preocupações com a escassez do abastecimento permanecem em primeiro plano. O calendário econômico está leve, mas haverá duas aparições do presidente do Fed, Jerome Powell, ao longo da semana, enquanto a zona do euro e o Reino Unido divulgarão dados de PMI.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai participar de uma reunião da Otan na quarta-feira, além de uma cúpula da União Europeia (UE) no meio da semana em Bruxelas, com o objetivo de consolidar a coesão renovada com os aliados europeus. As importações chinesas de soja do Brasil aumentaram significativamente nos dois primeiros meses de 2022 em relação a igual período do ano passado, segundo dados alfandegários divulgados do domingo (20/03).
Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration. Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.
Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA, IPCA 2A). Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.
Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%. Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo. Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.
,50% e para 2025, as projeções se mantiveram em 7,00%.