Balanços de Petrobras, Vale devem consolidar forte alta da bolsa na semana; Copom e FOMC vêm aí
O investidor deve voltar ao modo rali nesta sexta-feira, empolgado pelos resultados da Petrobras e da Vale que, apesar de não baterem o consenso completamente, trouxeram tendências empolgantes. Já a Ambev teve resultados mistos, enquanto Usiminas registrou prejuízo inesperado. Se os palpites dos analistas, gestores e membros experientes do TC se confirmarem, o Ibovespa pode registrar a maior alta semanal em dois meses. As bolsas europeias e os futuros americanos operam mistos, porém com viés positivo, o que deve ajudar a B3. Dólar e juros devem reverter a alta da véspera, na esteira da intenção do Banco Central de rolar todos os contratos de swaps vincendos em janeiro. A reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e seu colega chinês, Xi Jinping, em Pequim, foi proveitosa – sinalizando uma política externa mais pragmática. Fique de olho no relatório de crédito de setembro do BC e no índice de sentimento da Universidade de Michigan nos Estados Unidos; na semana que vem, os destaques são, além dos balanços, as decisões de juros nos EUA e no Brasil.
Os futuros dos índices em Wall Street sobem timidamente nesta manhã, enquanto as ações europeias recuam na esteira dos balanços ruins da Amazon e da AB InBev. O dólar opera estável, o que deve jogar a favor do real brasileiro e outras moedas emergentes. Por aqui, o resultado do terceiro trimestre da Petrobras, que em algumas linhas bateu o consenso de mercado, deve agir como prenúncio de produção crescente, maior geração de caixa e custos sob controle na estatal petroleira ao longo dos próximos meses, e deve ajudar a puxar o preço da ação no pregão desta sexta-feira, disseram analistas, gestores e membros experientes do TC. Para Thiago Duarte, analista do BTG Pactual, o balanço reflete “mais do que apenas uma forte história de crescimento da produção, a capacidade de entregar margens unitárias e fluxos de caixa acima do esperado”. Como Duarte, Régis Cardoso, analista do Credit Suisse, espera que os papéis da estatal tenham um desempenho favorável no pregão de hoje, citando um balanço “estelar”.
Já a Vale reportou lucro líquido abaixo do consenso no trimestre, mas as tendências de queda no custo unitário de extração do minério, um mix mais favorável e a geração de lucro operacional recorde para o período sugerem que a empresa está superando os efeitos do pior acidente da sua história. Na nossa avaliação, uma série de indicadores operacionais apontam para uma Vale mais produtiva, mais eficiente e mais segura: o custo caixa C1 de finos de minério de ferro caiu para US$15,3 a tonelada no trimestre, por conta da diluição de maiores volumes. O preço CFR/FOB realizado totalizou US$89,2 por tonelada, bem acima dos US$67 de um ano atrás, mesmo com a elevada volatilidade dos preços no trimestre e a menor curva de preços futura. Hoje, no âmbito corporativo nacional, temos ainda os resultados da Hypera depois do fechamento. Lá fora, a Verizon divulga resultado antes da abertura do mercado. As teleconferências das companhias nacionais que divulgaram resultados ontem acontecem hoje entre o começo da manhã e o início da tarde.