NOSSA VISÃO – 10/01/2022

RETROSPECTIVA

Os dados divulgados na última semana sobre a atividade econômica dos Estados Unidos no mês de dezembro, sinalizam um bom momento da economia norte americana, apesar do ressurgimento da pandemia.

Outros números divulgados foram os da indústria e setor de serviços, que mostram uma expansão. O ISM, indicador que mostra a situação da atividade econômica, apesar da queda, manteve-se em 58,7, acima dos 50%, o que demonstra uma expansão.

O impacto da ômicron nos Estados Unidos ainda causa grande preocupações, pois a média de novos casos diários de covid-19 dobrou nos últimos sete dias, além de crescer o número de internações e hospitalizações.

Com isso, teremos alguma desaceleração da atividade econômica em janeiro, porém, assim como foi no caso da variante delta, deve-se mostrar passageira.

Nessa última semana também foi divulgada a ata da última reunião do FED, onde foi observado pelos membros que o fortalecimento da economia e a alta da inflação devem levar à elevação da taxa de juros antes do que o esperado.

Na China, o índice PMI industrial passou de 49,9 em novembro, para 50,9 em dezembro, indicando expansão no setor, em contrapartida, o governo chinês segue divulgando medidas regulatórias que aumentam o grau de intervenções em importantes setores, como o da internert, impactando de forma negativa a economia.

No Brasil, o fiscal segue sendo o foco da preocupação, onde o governo assinou um decreto, estendendo até 2023 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão-de-obra, porém o custo do programa não havia sido incluído no orçamento de 2022 que já tinha sido aprovado pelo congresso.

Conhecemos também a produção industrial brasileira em novembro, que caiu 0,2% descontado os efeitos sazonais, ficando abaixo da mediana das expectativas do mercado e o sexto mês consecutivo de contração no setor, acumulando uma perda de 4,00% no período.

Já nos bens de consumos duráveis, houve um crescimento de 0,5% após dez meses de contração, mas ainda se encontra a 10,9% do nível pré-pandemia.

As bolsas de Nova York chegaram a bater recordes no começo da última semana, mas a ata da última reunião do FED causou uma forte realização nos mercados, com os ativos da renda variável em queda e uma alta expressiva das Treasures.

Já nos mercados brasileiros, tivemos um reflexo negativo do exterior, somado as incertezas internas, causando uma queda da bolsa e do real, além uma alta na curva de juros.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção diminuiu, de 10,01% para 9,99% em 2021. Para 2022, a previsão para o IPCA manteve o mesmo, de 5,03%. Para 2023, as estimativas diminuíram de 3,41% para 3,36%. Para 2024, as projeções ficaram em 3,00%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) se manteve em 4,50% em 2021. Para 2022, a estimativa caiu de 0,36% para 0,28%. Para 2023 a projeção caiu de 1,80% para 1,70%, e para 2024, a projeção se manteve em 2,00%.

Para a taxa de câmbio, o último valor apresentado em 2021 foi de R$5,59. Para 2022, o valor se manteve em R$5,60. Para 2023, a projeção aumentou de R$5,40 para, R$ 5,45. Para o ano de 2023, a projeção aumentou R$ 5,30 para R$ 5,39.

Para a taxa Selic, o ano de 2021 fechou em 9,25% Em 2022, a projeção aumentou de 11,50% para 11,75%. No ano seguinte, a projeção mante

EXPECTATIVAS

Para essa semana o mercado ficará atento quanto a divulgação do IPCA mensal e anual de dezembro, além das vendas no varejo no Brasil do mês de novembro, sendo assim, teremos uma visão melhor dos primeiros impactos da variante ômicron no mercado brasileiro.

Outro ponto que deve ser ressaltado, é sobre as fortes chuvas que ocorridas em Minas e no sul da Bahia, o que obrigou a iniciar uma paralização parcial das operações da Vale e a Usiminas, refletindo de forma negativa no mercado.

Já nos Estados Unidos, teremos o discurso do presidente do FED, Jerome Powell, onde deve ser dividida em duas partes, a primeira por uma declaração do presidente, e a segunda parte, um comitê conduzido por perguntas e respostas, ocasionando em uma grande volatilidade no mercado durante o discurso.

Outros índices que teremos essa semana, será o IPC-núcleo (Núcleo de preços aos consumidores) de dezembro, além do IPP (índice de preços ao produtor), sendo assim, gerando um resultado do desempenho da economia americana.

Já na Europa, teremos o discurso de Christine Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), que terá como principal objetivo, definir as taxas de juros de curto prazo.

Também teremos a divulgação do PIB mensal do Reino Unido, importante, índice que mede a variação anual do valor ajustado pela inflação de todos os bens e serviços produzidos pela economia.

Na China, iremos ter a divulgação dos números de Exportações, Importações e Balança Comercial, além do IPC em relação ao mês de dezembro.

Apesar de todas as oscilações de mercado, as expectativas seguem sendo o plano de vacinação contra a Covid-19 e toda a pauta de reforma que segue sem definição pelo governo.

O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter sem ainda a desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, com a estratégia de alocação em 5%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 5%, recomendamos a não movimentação no segmento. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

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